O Jardim Zaíra, na cidade Mauá, na Grande São Paulo, amanheceu com um rastro de destruição após o temporal da tarde desta terça-feira. Carros que estavam estacionados nas ruas foram parar no quintal de residências. Um deles foi arrastado para dentro do córrego Corumbé, que inundou e invadiu casas. Ninguém estava dentro dos veículos. Ruas amanheceram cobertas de lama e moradores que perderam tudo – de máquinas de costura a videogames – fizeram um protesto contra as enchentes que já provocaram a morte de cinco pessoas no bairro.
Nesta terça-feira, a aposentada Antonia Avelaneda, de 64 anos, morreu afogada dentro de casa tentando salvar os dois netos.
Pela manhã, os moradores protestaram contra a falta de agilidade da prefeitura em prevenir as enchentes. Eles dizem que um piscinão que deveria reter o excesso de água das chuvas está sujo. Também reclamaram que o socorro demorou a chegar enquanto o córrego Corumbé subia e invadia as residências. Durante a manhã, os moradores tentaram limpar a sujeira e contabilizaram os prejuízos. Móveis, eletrodomésticos, mantimentos tudo virou uma montanha de entulhos. Numa casa, o portão da garagem foi arrastado para dentro da sala.
A Prefeitura de Mauá se defende e diz que o piscinão existente na região estava limpo.
– Hoje ele está cheio com a água da chuva de ontem (terça-feira) diz o coordenador da Defesa Civil de Mauá, José Luiz Salvador.
Fonte: O Globo