Mauá irá rastrear vazamentos de água

Mauá irá contratar duas empresas para identificar vazamentos e ligações clandestinas de água na cidade de Mauá. O objetivo é diminuir os índices de perda no município – cerca de 40% do recurso natural vai para o ralo ou não é tarifado por falhas no sistema. A previsão é que os serviços sejam iniciados em agosto.

As licitações foram lançadas na tarde de ontem pelo superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), Atila Jacomussi. Ainda não há estimativa de quanto o poder público terá de investir para que os rastreamentos sejam feitos, já que os valores serão definidos conforme a produtividade. “As empresas vão receber por cada vazamento e ligação clandestina encontrados. Se não acharem nada, não receberão.” Atila estima que existam cerca de 14 mil ligações irregulares na cidade.

Segundo o superintendente, as equipes da Sama irão corrigir os vazamentos assim que o problema for diagnosticado. Nos casos de tubulações clandestinas, a Prefeitura de Mauá será acionada para verificar a possibilidade de regularizar a situação do morador.

A meta estipulada pela empresa é que, em um ano, o índice de perdas caia para 35%, chegando a 8% no terceiro ano de contrato. Levantamento feito no ano passado pelo Instituto Trata Brasil apontou que Mauá é a terceira cidade do Grande ABC com maior taxa de desperdício, atrás de São Bernardo (51%) e quase empatada com Diadema (41,49%). O estudo apontou que, em Santo André, 27,3% da água produzida não era cobrada.

Outra medida para diminuir o desperdício na cidade será a instalação de 14 macromedidores – que custarão R$ 148 mil. O equipamento tem a função de medir a pressão da água durante a passagem pelas tubulações. O objetivo é checar se o fluxo está de acordo com o necessário para cada local.

A cidade também ganhará até 2015 estação de tratamento de esgoto (leia mais abaixo).

ADUTORA



Atila irá enviar ao governo federal projeto para evitar sobrecarga na adutora localizada no bairro Capiburgo – a principal da cidade e responsável pelo abastecimento de aproximadamente 60% das residências. Em fevereiro do ano passado, rompimento no encanamento deixou grande parte da cidade sem água por dez dias. O superintendente quer construir  mais uma tubulação para ligar os reservatórios.

A proposta será enquadrada no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Saneamento. O Ministério do Planejamento deve divulgar em junho quais projetos serão aprovados. Cerca de R$ 35 milhões serão necessários.

Cidade terá estação de tratamento até 2015

Até o segundo semestre de 2015, deverá ser inaugurada estação de tratamento de esgoto em Mauá. O equipamento ficará na Avenida Alberto Soares Sampaio, no bairro Capuava, e já está em construção.

Para o superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), Atila Jacomussi, a estação será importante para evitar que os resíduos sejam jogados nos rios e córregos. Atualmente, a taxa de tratamento na cidade é baixa: cerca de 5% a 8% do esgoto coletado é tratado pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Com o início da operação, Atila avalia que será possível chegar próximo aos 100% de esgoto tratado. Também serão feitas novas ligações – atualmente, a coleta no município é de 78%, aproximadamente.

Para a construção da estação, o investimento total é de R$ 167,6 milhões. O contrato foi assinado em outubro de 2011 entre a Foz do Brasil – concessionária dos serviços de esgoto da cidade – e a Caixa Econômica Federal. Do total, R$ 150,2 milhões são provenientes do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), enquanto o restante entrou como contrapartida da empresa.

O contrato também prevê a conclusão da rede coletora, além de obras de implementação de coletor tronco, interceptor, estações elevatórias e ligações prediais no município.

No Grande ABC, a única cidade que coleta e trata 100% do esgoto produzido é a cidade de São Caetano.

Fonte: Diário do Grande ABC





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