Mauá terá projeto piloto de coleta seletiva

A Prefeitura de Mauá tem meta de ampliar a quantidade de lixo reciclado no município até 2016. A cidade recicla 31 toneladas de material seco por mês, o que equivale a apenas 1,2% dos resíduos coletados. O objetivo é chegar a 8%.

O projeto integra Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, previsto na Lei Federal 12.305, de 2010. Apesar de o governo federal ter dado prazo até agosto de 2012 para que os municípios apresentassem soluções para a coleta, destinação e tratamento do lixo urbano, Mauá assinou decreto que estabelece o programa apenas ontem.

O município abrirá licitação nos próximos dias para contratar empresa que elabore plano de coleta seletiva, ao custo de R$ 300 mil, sendo R$ 265 mil contrapartida federal. A medida definirá, segundo a secretária de Meio Ambiente, Tânia Vieira, o diagnóstico atual da cidade e de que forma os projetos de reciclagem podem ser ampliados de maneira economicamente viável. “Nossa coleta ainda é pequena. Provavelmente teremos que ampliar o número de centrais de triagem de material reciclado e definir de que forma podemos introduzir a coleta porta a porta.”

A cidade conta atualmente com nove ecopontos (locais de descarte de materiais recicláveis) e a expectativa é ampliar para 20 até o fim do ano, segundo o secretário de Serviços Urbanos, Rogério Santana. “Estamos pensando em substituir os ecopontos de alvenaria por contêiner em área alambrada, com banheiros químicos e totem de identificação”, destaca.

O prefeito Donisete Braga ressaltou que o município gasta 5% do Orçamento – R$ 25 milhões – com a coleta de 102 mil toneladas de lixo por ano. A ideia é que a melhoria do sistema de coleta seletiva signifique economia de recursos, afirma o prefeito. “Num espaço breve vamos fazer lançamento de projeto piloto de um bairro que será referência na coleta seletiva”, anuncia.



REGIÃO

O Grande ABC gera, por mês, 66.523 toneladas de lixo. Desse total, cerca de 5%, ou 3.374 toneladas, são recicladas. Estima-se, porém, que cerca de 30% do volume produzido na região tenha potencial de reaproveitamento. Portanto a reciclagem ainda é tímida.

São Caetano e Santo André são as únicas cidades do Grande ABC a realizar a coleta de recicláveis porta a porta. E, de toda a região, Santo André é a cidade que está mais avançada na destinação adequada de materiais: recicla 15% do lixo gerado. As demais não ultrapassam 2%.

CIDADE LIMPA

Foi lançado ontem o programa Cidade Limpa, projeto que prevê melhorar o paisagismo de todo o município. A administração subdividiu o território da cidade em 12 setores que receberão o serviço na cidade de Mauá. A inciativa começa na segunda-feira na região do Jardim Zaíra.

Cooperativa separa 31 toneladas de material por mês

A Prefeitura de Mauá assinou ontem convênio com a Coopercata (Cooperativa de Catadores de Papel, Papelão e Material Reciclável do Município de Mauá). Inaugurada em dezembro de 2012, a unidade responde atualmente pela separação de 25 toneladas de material por mês.

Conforme explica o presidente da cooperativa, Armando Otaviano Júnior, são 20 catadores responsáveis pelo trabalho de triagem, separação e prensagem do lixo reciclável que chega ao local. Eles recebem, em média, R$ 622 por mês.

O secretário de Serviços Urbanos Rogério Santana explica que o centro de triagem tem capacidade de recolher cerca de 250 toneladas de material por mês. “A gente pretende buscar mais homens e mulheres e capacitar catadores.”

Fonte: Diário do Grande ABC





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