Acusados de fraude em Mauá são presos

Os proprietários da Scamatti & Seller Infraestrutura, Olívio Scamatti, Pedro Scamatti Filho e Luiz Carlos Seller, foram presos ontem pela manhã durante ação da Polícia Federal, na cidade de São José do Rio Preto. A empresa vem sendo investigada por fraudar licitações em diversas cidades do interior paulista. A companhia atuou em Mauá em 2011, durante a gestão de Oswaldo Dias (PT), ao recapear cerca de 60 quilômetros de ruas e avenidas.

A PF irá investigar os acordos firmados pala companhia com 80 prefeituras espalhadas pelo Estado de São Paulo. A operação iniciada ontem prendeu 13 pessoas, apreendeu R$ 250 mil (quantia recolhida na casa dos empresários e de prefeitos envolvidos no esquema), 20 armas e documentos que comprovariam a fraude nos certames.

A vencedora da concorrência pública em Mauá foi a Petrobras Distribuidora, que subcontratou a Scamatti & Seller Infraestrutura. O valor da terceirização do serviço na cidade de Mauá não foi divulgado na ocasião. A má qualidade do serviço prestado pela companhia foi motivo de questionamento feito pelo vereador Manoel Lopes (DEM) e por Atila Jacomussi (sem partido), ex-parlamentar e atual comandante da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá).



A Prefeitura de Mauá, hoje sob tutela do também petista Donisete Braga, foi procurada para comentar o assunto, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.

Olívio Scamatti é o principal acionista da empresa Scamatti & Seller Infraestrutura. Dos R$ 4 milhões de capital da instituição, R$ 3,96 milhões são dele. Ele foi preso em casa, localizada num bairro nobre de Votuporanga, no interior paulista.

A Scamatti & Seller Infraestrutura é empresa irmã da Demop Participações, investigada pelo Ministério Público Estadual por montar esquema em licitações para captar dinheiro proveniente da venda de emendas parlamentares na Assembleia Legislativa.

A Demop é uma sociedade de Olívio com seus quatro irmãos: Dorival, Edson, Mauro e Pedro. A investigação da PF mostrou que a companhia abriu outras empresas laranjas para oferecer preço mais alto pelo serviço e, dessa forma, garantir a vitória da família Scamatti.

Fonte: Diário do Grande ABC





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