Emenda apresentada por Atila Jacomussi (PPS) tumultuou a Câmara Municipal de Mauá durante a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que prevê a arrecadação de R$ 723,7 milhões pela Prefeitura de Mauá em 2013. A mensagem pretendia tornar obrigatória a reforma administrativa no Paço no ano que vem, mas foi rejeitada pela maioria, que acusou o popular-socialista, pré-candidato a prefeito, de querer fazer média com o funcionalismo.
A irritação atingiu a base de sustentação do prefeito Oswaldo Dias (PT) e também Ivan Gomes, o Batoré (PP), que apoia a oposicionista Vanessa Damo (PMDB) ao Executivo. Eles argumentaram que a alteração proposta por Atila não foi combinada em reunião dos parlamentares com o Sindserv (Sindicato dos Servidores).
“Não tem como votar emenda para fazer média. É politicagem”, considerou Luiz Alfredo Simão (PSB), vaiado por sindicalistas que acompanhavam a sessão. “Aqui a gente vota o que é tratado, sem medo de pi pi pi (sic) daqui ou dali.”
O tratado entre vereadores e Sindserv foi inserir apenas uma alteração à LDO, a que garante ao funcionalismo o reajuste salarial referente à inflação. Textos idênticos sobre o tema foram apresentados por Manoel Lopes (DEM) e Atila, mas foi aprovado outro em nome de todos os parlamentares.
Com a reprovação da obrigação da reforma administrativa, representantes do Sindserv anotaram os nomes dos vereadores que votaram contra a emenda de Atila. Batoré se irritou e, com o dedo em riste ao público, disse que os pares estavam sendo “leiloados”. “Nos expor a isso é traição, falta de ética. Cumprimos o combinado.”
O autor da emenda rebateu. “Não se pode jogar em dois times no mesmo campeonato”, disparou Atila, sobre Batoré apoiar Vanessa Damo na eleição e votar a mensagem junto da base de Oswaldo Dias.
Ivan (PSB) desafiou os pré-candidatos a prefeito que votaram a favor da emenda – Atila, Irmão Ozelito (PTB) e Edimar da Reciclagem (PSDB) – a, se eleitos em outubro, enviar a reforma administrativa à Câmara no dia 3 de janeiro.
Depois de ampla e acalorada discussão, a emenda foi rejeitada por 8 a 6. A LDO, no entanto, foi aprovada por unanimidade. A sessão de ontem foi a última antes do recesso do plenário, em julho. A próxima será em 7 de agosto.
PTN
A pré-candidatura de Atila Jacomussi a prefeito ganhou ontem o apoio do PTN. O partido se junta a PSC, PRP e PPS na corrida majoritária, aliando-se ao último para formar chapa à Câmara Municipal de Mauá.
Fonte: Diário do Grande ABC