Cetesb segue sem dar parecer a Barão de Mauá

Passados dois anos da conclusão do estudo realizado pela empresa Geoklock para análise de contaminação do condomínio Barão de Mauá, em guia da cidade Mauá, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo ainda não apresentou o resultado da investigação aos moradores do conjunto habitacional.

A Cetesb informou ontem ao Diário que parecer técnico sobre o monitoramento que vem sendo realizado no local será enviado aos moradores e Ministério Público. Entretanto, não faz menção ao estudo de dois anos atrás e tampouco cita quando o material será divulgado.

A demora e incerteza sobre o grau de contaminação do terreno – que tem no solo 44 substâncias poluentes – levaram à formação de comissão no condomínio. Formado por 60 moradores, o grupo esteve semana passada na Cetesb, na Capital, e pediu para a companhia que entregue material com mais informações sobre a contaminação em até 20 dias.

Caso contrário, os condôminos prometem fazer manifestação no Ministério do Meio Ambiente. “Está todo mundo perdido. A Cetesb não fala nem que sim e nem que não”, afirmou a síndica de um dos conjuntos do Barão de Mauá Aparecida de Benedito Bolsarin.



Outra bronca de quem vive no condomínio é sobre os possíveis prejuízos para saúde. Expostos a substâncias como benzeno, eles cobram acompanhamento da Secretaria de Saúde de Mauá.

Segundo moradores, a administração tem realizado apenas ações pontuais. “Eles vêm aqui só para medir a pressão da gente. Só se você pedir é que eles fazem outro exame”, contou a síndica de outro conjunto no Barão de Mauá Tania Regina da Silva.

Para ampliar o serviço de saúde, a Prefeitura informou que aguarda “maior detalhamento das informações enviadas pela Cetesb”. Ainda assim, garante que a partir de 15 de setembro colocará em prática instrumento para avaliação de risco à saúde, proveniente de causas ambientais, com no Barão de Mauá, que possui 7.000 moradores, distribuídos em 1.760 apartamentos.

O caso da contaminação do solo ganhou notoriedade em 2000. Uma explosão provocada pela concentração de gases causou a morte de uma pessoa e deixou outra ferida. O terreno, no Parque São Vicente, era utilizado pela empresa Cofap como depósito de resíduos industriais.

Fonte: Diário do Grande ABC





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