Chuva causa deslizamentos de terra em Mauá

Cerca de duas mil famílias e 897 residências foram afetadas pela forte chuva que atingiu a região das 22h30 de ontem até o início da manhã desta quinta-feira.

A cidade foi uma das mais castigadas pelo temporal. Em sete horas e meia, choveu em torno de 79 milímetros em todo o município, o que causou transtornos principalmente nos bairros Nova Gerty, Mauá, Jardim São Caetano, São José, Santo Antônio, Centro e Fundação.

A chuva provocou o alagamento total da Avenida Guido Aliberti com Avenida Lions até a Avenida Tiete; Guido Aliberti com Rua Nelson Braido e Rua Dora no Bairro Nova Gerty devido ao extravasamento parcial da calha do Ribeirão dos Meninos.

Apesar dos danos, não houve mortes. Pela manhã, a água já havia baixado, mas restava muito barro pelas vias.

Demais cidades – Em guia Mauá, foram registrados três deslizamentos de terra: um na Rua Luiz Nunes Pacheco, n° 59, no bairro Itaussu, outro na Rua Salvador Peres Tonico, no Jardim Zaíra, e o terceiro na Avenida XV de Novembro, no Jardim Bom Recanto. A terra invadiu uma casa e bloqueava a única saída da residência, localizada na Rua Franca, no bairro Jardim Oratório. Uma senhora de 69 anos e sua filha, de 40, não conseguiam sair e um muro ameaçava cair sobre elas.

O temporal também provocou congestionamento e pontos de alagamento na cidade, mas, segundo a Defesa Civil, por volta das 7h, a água já havia escoado e não provocava transtornos.

Em Diadema, foi registrado alagamento na Rua das Palmas, na Vila São José, durante a madrugada. A situação já está normalizada. Além disso, uma árvore caiu no Centro da cidade e estourou a rede elétrica.

Já na cidade Ribeirão Pires, a Defesa Civil contabilizou nove ocorrências por conta da chuva. Houve deslizamento de terra no Morro do Embaixador, Jardim Valentina, Jardim Caçula, SOMA, Ouro Fino e Parque Aliança.



Houve duas quedas de muro em guia de Rio Grande da Serra: uma na Vila Pires e outra no Jardim América. Neste último bairro também houve transbordamento do córrego, que provocou alagamento na Estrada do Rio Pequeno e no ponto final do ônibus na Rua Marechal Rondon. Uma família teve que ser retirada de casa, após as paredes começarem a trincar. Ela foi levada para a casa de vizinhos e uma equipe da Defesa Civil seguia na manhã desta quinta-feira para o local a fim de fazer uma avaliação da situação.

Em Santo André, foram registradas 47 ocorrências da 1h às 8h, referente a alagamentos, transbordamentos e duas quedas de muro, mas, de acordo com o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), a água já baixou em todos os pontos.

Na Rua Ida Leone Cleto, n° 772, em São Bernardo, uma mulher estava ilhada dentro de casa por volta das 9h30 com uma criança e aguardava socorro.

Trânsito – A Via Anchieta teve faixas interditadas na altura do km 13, sentido São Paulo, devido a alagamento, mas as pistas já estavam limpas e liberadas às 7h30. Entretanto, a Rodovia dos Imigrantes ainda é a melhor opção para quem segue para a Capital, por conta do excesso de veículos na Anchieta. Por volta das 9h20, garoava no trecho de serra e na região do planalto.

A chuva também atingiu o transporte público. A linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que atende o Grande ABC, chegou a parar por conta de alagamentos nas estações Prefeito Saladino, em Santo André, e Tamanduateí, em São Caetano. Segundo a companhia, a situação está normalizada desde as 5h15.

Os trólebus elétricos pararam de funcionar por volta das 6h por conta de um ponto de alagamento em Santo André, informou a concessionária Metra, que salientou que os veículos já operam normalmente.

Fonte: Diário do Grande ABC





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