Começa em Mauá o júri de acusados de matar diretor de presídio em 2007

Começou nesta quinta-feira o julgamento de 2 dos 8 acusados de envolvimento no assassinato do diretor-geral do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá (Grande São Paulo), Wellington Rodrigues Segura. O crime ocorreu no dia 26 de janeiro de 2007. Segura foi atingido por 22 tiros.

O júri popular de Adriano Nogueira Leite e Mauricio José de Santana ocorre na Justiça de Mauá.

Segundo a denúncia (acusação formal) do Ministério Público contra os oito acusados, o crime foi ordenado por integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e teria sido motivado por maus-tratos sofridos por presos no presídio. Segura era considerado um diretor “linha dura” pela facção.

De acordo com as investigações da polícia, a reivindicação dos presos foi levada à liderança do PCC por Leite e Santana, detentos chamados de “sintonia interna”, que ocupavam posição de líderes do PCC no CDP.

O diretor conversava dentro de um carro, em frente à casa de uma funcionária do CDP, quando cinco homens em uma Parati preta se aproximaram. Ainda de acordo com a denúncia, três desses homens atiraram contra Segura e a funcionária. A mulher foi atingida por quatro disparos e sobreviveu.



CELULAR

O julgamento de outros três acusados de envolvimento no crime começou há dois meses. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, o processo foi desmembrado e, por isso, Denis Humberto Magni, Fabio Aparecido de Almeida e Luciano Pereira enfrentaram o Tribunal do Júri no dia 21 de outubro.

O julgamento, porém, foi suspenso. Testemunhas e réus já tinham sido ouvidos quando, no intervalo da sessão, um ex-advogado dos acusados tentou entregar um celular para um dos réus.

Os réus estavam na carceragem do fórum, e os policiais perceberam a ação do ex-advogado. Segundo informações do TJ, os acusados jogaram o telefone no vaso sanitário e deram descarga, mas o aparelho foi encontrado.

O promotor do caso solicitou que o fato fosse incluído no processo. Porém, a inclusão de novos fatos só é permitida até três dias antes do julgamento, por isso ele foi adiado e deverá ocorrer no dia 17 de fevereiro de 2011. Os acusados permanecem presos.

O julgamento dos outros acusados pelo crime ainda não têm data definida.

Fonte: Folha Online





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