Grupo Artemis de Teatro Mauá: História, Teatros no Brasil

Teatro é o nome dado hoje aos locais onde há apresentações de peças teatrais, musicais e outras formas de arte. A palavra teatro significa uma determinada arte, bem como o local físico em que tal arte se apresenta.

O termo, no entanto, vem desde a Grécia Antiga e significava as apresentações de histórias de tragédia e drama interpretadas pelos gregos. Teatro é um termo de origem grega que designa simultaneamente o conjunto de peças dramáticas para apresentação em público e o edifício onde são apresentadas essas peças.

Grupo Artemis de Teatro Mauá

Grupo Artemis de Teatro Mauá História

O Grupo Artemis de Teatro iniciou suas investidas teatrais em uma oficina de arte. Em 2000 apresentava seu primeiro trabalho partindo de um estudo de teatro grego: Hércules – A força de um mito, tendo grande resultado com o público adolescente.

Em 2001 as oficinas se reiniciam e o processo de pesquisa continua abrindo espaço para: As Troianas – O Espírito de Tróia, um espetáculo baseado na obra homônima de Eurípides. Este trabalho participou do Mapa Cultural Paulista 2001/2002 nos oferecendo a possibilidade de reflexão sobre os caminhos que o grupo trilharia. Tendo sabido do projeto desenvolvido pelo grupo, a Petrobrás convida-o a participar do projeto Leia Brasil, então o grupo apresenta seu primeiro espetáculo para crianças: A Ópera dos Bichos, apresentando-se em grande parte das escolas de ensino fundamental da cidade de Mauá e entornos.

Ao final daquele ano o grupo adquiria ideais mais concretos. Em 2002 aprofundando-se em um estudo sobre teatro infantil ou para criança e juventude o Grupo Artemis de Teatro leva aos palcos do ABC Paulista os espetáculos: Clarão nas Estrelas e Miranda, ambos de Vladimir Capella. Em 2004 apresenta-se com: O Médico e o Monstro baseado no clássico de Robert Louis Stevenson. De 2005 à 2007 o grupo dedica-se ao estudo da linguagem dos musicais norte-americanos, nesse período apresenta: Aida – O Musical, em verdade high-lights do musical da Broadway com músicas de Elton John e Tim Rice e em 2008 A Rainha da Neve – O Musical uma grande produção original baseada na obra homônima de Hans Christian Andersen. Em comemoração aos sete anos de existência do Grupo Artemis de Teatro surge o espetáculo: Sem Noção – Volume 1 uma viagem pela história do teatro e suas ramificações.

Ainda em 2008 o grupo abre uma nova sede e dedica-se ao estudo de contos populares brasileiros recolhidos por Luis da Camara Cascudo, Sílvio Romero, entre outros, desenvolvendo uma nova história, um conto de fadas contemporâneo: Uma Luz Cor de Luar com estréia prevista para o segundo semestre de 2009. O espetáculo está inserido no Projeto Ademar Guerra da Secretaria de Cultura do Estado. Em 2013 estreia o Musical “A Flauta Mágica” baseado na ópera homônima de Mozart, texto de Rafael de Castro e Musicas de Diego Baffi.

Em 2014 estreia Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis, com adaptação e direção de Rafael de Castro. E em 2015 e 2016 reestréia em temporada com espetáculo A Rainha da Neve – O Musical uma grande produção original baseada na obra homônima de Hans Christian Andersen, com adaptação de Rafael de Castro e Musicas de Thiago Gimenes, que ganhou Prêmio Arte e Qualidade Brasil categoria Melhor Espetáculo Infantil em 2015. E em 2017 estreia Certa Vez Numa Ilha com adaptação e versões de Rafael de Castro.

Teatro no Brasil

O teatro em terras brasileiras nasceu em meados do século XVI como instrumento de catequese dos Jesuítas vindos de Coimbra como missionários e índios. Era um teatro, portanto, com função religiosa e objetivos claros: evangelizar os índios e apaziguar os conflitos existentes entre eles e os colonos portugueses e espanhóis. O primeiro grupo de Jesuítas a desembarcar na Bahia de Todos os Santos, em 1549, era composto por quatro religiosos da comitiva de Tomé de Sousa, entre os quais o padre Manuel da Nóbrega. O segundo grupo de missionários chegou à então Província do Brasil no dia 13 de julho de 1553, como parte da comitiva de Duarte da Costa. No grupo de quatro religiosos estava o jovem José de Anchieta (1534-1597), então com dezenove anos de idade.

A população estimada de 57 mil habitantes era composta por colonos, muitos deles criminosos, e índios em sua maioria de vida nômade. Os jesuítas mantinham os indígenas em pequenas aldeias, isolados de dois terríveis perigos: a vida desregrada e a escravidão impostas pelo homem branco explorador e o consequente retorno ao paganismo. A tradição teatral jesuítica encontrou no gosto dos índios pela dança e pelo canto um solo fértil e os religiosos passaram a se valer dos hábitos e costumes dos silvícolas – máscaras, arte plumária, instrumentos musicais primitivos – para as suas produções com finalidades catequéticas.

Tematicamente, essas produções mesclavam a realidade local (tanto de índios quanto dos colonos) com narrativas hagiográficas (vidas dos santos). Como toda espécie de dominação cultural prescinde um conhecimento da cultura do dominado, o Padre Anchieta seguiu o preceito da Companhia de Jesus que determinava ao jesuíta o aprendizado da língua onde mantivessem missões. Assim, foi incumbido de organizar uma gramática da língua tupi, o que fez com sucesso.

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