Hospital Nardini-FUABC de Mauá elimina uso de equipamentos a base de mercúrio

O Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini, de Encontra Mauá, eliminou completamente o uso de equipamentos contendo mercúrio em sua estrutura, como termômetros, para medir temperatura corporal, de geladeiras e fornos, esfigmomanômetros (usados na aferição da pressão arterial) e outros.

O vazamento de mercúrio pode ocorrer com a quebra acidental de termômetros, por exemplo, liberando-o em pequenas esferas metálicas, sobretudo em forma gasosa, o que pode causar danos à saúde, inclusive levando a vítima à morte.

Quando aspirado, o vapor do mercúrio cai na corrente sanguínea e se deposita nas células, deteriorando órgãos e causando problemas diversos, sendo neurológicos os mais comuns.

A superintendente do hospital, a médica Vânia Barbosa do Nascimento, explicou que desde que a Fundação do ABC assumiu o gerenciamento do Hospital Nardini, em março de 2010,  foi iniciada a substituição dos aparelhos que utilizavam mercúrio por outras tecnologias, como o termômetro ecológico que não é tóxico e não agride a natureza. “Nossa preocupação é com a segurança dos usuários, dos colaboradores e com o meio ambiente, uma vez que o armazenamento, uso e descarte apropriado desse elemento químico exigem cuidados especiais que, se não forem seguidos com rigor, causam impactos negativos”, disse Vânia.



Uma iniciativa importante do Hospital Nardini-FUABC foi aderir à campanha “Cuidado de Saúde Ambientalmente Responsável”, do Programa Saúde sem Dano, uma aliança internacional formada por 473 grupos distribuídos em 53 países, que trabalham para que o setor deixe de ser uma fonte de prejuízo para pessoas e meio ambiente.

“O mercúrio é volátil, bioacumulativo e neurotóxico, podendo causar intoxicação crônica mesmo em quantidades baixas. Portanto, a substituição gradativa dos termômetros com mercúrio é altamente impactante para os colaboradores e usuários do Nardini, já que o parâmetro é o uso de 10 a 20 aparelhos de termômetro por leito a cada ano”, comentou a gerente de Resíduos Sólidos do hospital, Célia Chaer.

Em 2010, 38 instituições da área da saúde e meio ambiente assinaram petição solicitando à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proibisse a fabricação e uso de termômetros com mercúrio.

Fonte: Prefeitura de Mauá





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