Faltando menos de um mês para o início do período de chuvas fortes, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas iniciou ontem o trabalho de campo para o mapeamento das áreas de risco na cidade de Mauá. O primeiro local visitado foi o morro do Macuco, no Jardim Zaíra, onde quatro pessoas morreram em janeiro em decorrência de deslizamentos de terra.
Segundo a Prefeitura, o monitoramento visual teve início na semana passada, quando os morros foram sobrevoados e fotografados. “O trabalho será dividido em três etapas. A primeira é o mapeamento da situação de risco. Na sequência serão feitas propostas com soluções de engenharia para minimizar ou reduzir o risco. Na última fase haverá a formação e capacitação dos Núcleos de Defesa Civil”, diz o coordenador de planejamento urbano e informações estratégicas Mauricio de Castro Gazola.
Juntas, as três etapas deverão ser concluídas em aproximadamente cinco meses. Para Gazola, o fato de o mapeamento ser iniciado a poucos dias do verão não prejudicará o resultado da ação. “É até bom que as equipes do IPT estejam conosco em janeiro, pois eles poderão prestar assessoria imediata durante as chuvas.”
Na avaliação do coordenador, os técnicos terão maior embasamento para determinar se as famílias que residem em áreas afetadas por desastres naturais necessitam de remoção permanente ou apenas temporária. Segundo ele, as ações de engenharia serão iniciadas assim que apontadas pelo instituto. “Não precisa esperar os cinco meses”, garante.
A contratação do instituto foi feita com verba do governo federal, por meio de convênio com o Ministério das Cidades no valor de R$ 300 mil.
O coordenador afirma que todas as áreas de risco serão monitoradas. “O Macuco foi o primeiro pelo fato de ser o ponto com maior declividade na cidade.” Na avaliação de Gazola, os estudos surtirão efeito no verão. “A Prefeitura terá mais informações para fazer o trabalho preventivo.”
Fonte: Diário do Grande ABC