Até o fim de 2014, a Prefeitura guia da cidade Mauá pretende chegar a 100% de esgoto coletado na cidade. Hoje são apenas 5%. Para atingir a difícil missão, contrato de financiamento foi assinado, ontem à tarde, entre a Foz do Brasil, concessionária de serviços de esgotamento sanitário de Mauá, e a Caixa Econômica Federal. O valor global do investimento é de R$ 167,6 milhões – R$ 150,2 milhões providos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e R$ 17,4 milhões de contrapartida da concessionária.
O recurso é do Saneamento para Todos – Mutuários Privados/FGTS, programa oriundo do Ministério das Cidades, do governo federal. O contrato prevê a conclusão da rede coletora, além de obras de implementação de coletor-tronco, interceptor, estação elevatória e de tratamento de esgoto e ligações prediais no município.
Para o prefeito Oswaldo Dias (PT), que assinou o contrato como anuente em nome da administração, trata-se de projeto resgatado da década de 1990 e concretizado em 2003 com a entrada da concessionária. “Somente empresa privada pode obter recursos junto à Caixa para as obras de saneamento, o que agora foi concretizado”, afirmou.
O superintendente regional da Caixa no Grande ABC, Everaldo Coelho da Silva, afirmou ser parceria pioneira na região de contrato de financiamento no âmbito do programa do governo federal. “O investimento servirá não só para solucionar o tratamento de esgoto no município, como questão de Saúde pública”, reforçou.
Além de ampliar a cobertura do sistema de coleta do esgoto em Mauá e a universalização dos serviços de saneamento, o prefeito aposta na construção da estação de tratamento de esgoto na cidade. “O pessoal da Foz do Brasil disse que pretende iniciar a obra ainda neste ano”, afirmou o chefe do Executivo.
Porém, a Foz do Brasil – unidade de Mauá, informou, em nota, que o início da obra está previsto para o primeiro semestre de 2012. A operação ocorrerá apenas em 2014.
Das sete cidades do Grande ABC, apenas São Caetano coleta e trata 100% o esgoto da cidade. Os demais municípios estão, praticamente, na mesma situação. Mauá, no entanto, é a que possui o menor percentual de tratamento de esgoto – cerca de 90% são coletados, mas de nada adianta, uma vez que continua a poluir os cursos d’água.
Fonte: Diário do Grande ABC