O Museu Barão de Mauá em Mauá foi inaugurado pelo prefeito Dorival Rezende da Silva, na cidade de Mauá (Avenida Doutor Getúlio Vargas, número 276, Vila Guarani), no estado de São Paulo. Conta em seu acervo com fotografias, objetos e documentos, relativos à história de Mauá (localizada no ABC Paulista), sendo hoje o principal centro de pesquisa histórica da cidade, responsável pela conservação e divulgação da memória de Mauá, São Paulo.
O museu está localizado em uma autêntica casa bandeirista do século XVIII e, a despeito de provavelmente jamais ter sido visitada pelo Barão de Mauá, atribui-se a essa fama o fato da casa ter se mantido preservada até os dias de hoje.
Atualmente, o Museu Barão de Mauá tem grande importância para Mauá. O local foi tombado como patrimônio histórico da cidade, pois o casarão é considerado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), como “preciosidade remanescente do período Bandeirista.”.
No local, realizam-se exposições periódicas sobre diversos temas, mas há ênfase na trajetória social e cultural do município de Mauá. O espaço é utilizado também para atividades culturais, lançamentos de livros e debates. O horário de funcionamento do museu é de segunda à sexta-feira, das 9h às 16h e aos sábados e domingos, das 10h às 16h, sendo que a entrada para a visitação é gratuita e é possível agendar visitas monitoradas no local.
História dos Museus
Apesar da origem clássica da palavra museu – do grego mouseion – a origem dos museus como locais de preservação de objetos com finalidade cultural é muito mais antiga. Desde tempos remotos o homem se dedica a colecionar objetos, pelos mais diferentes motivos. No Paleolítico os homens primitivos já reuniam vários tipos de artefatos, como o provam achados em tumbas.
Na Grécia Antiga o museu era um templo das musas, divindades que presidiam a poesia, a música, a oratória, a história, a tragédia, a comédia, a dança e a astronomia. Esses templos, bem como os de outras divindades, recebiam muitas oferendas em objetos preciosos ou exóticos, que podiam ser exibidos ao público mediante o pagamento de uma pequena taxa. Em Atenas se tornou afamada a coleção de pinturas que era exposta nas escadarias da Acrópole no século V a.C. Os romanos expunham coleções públicas nos fóruns, jardins públicos, templos, teatros e termas, muitas vezes reunidas como botins de guerra. No oriente, onde o culto à personalidade de reis e heróis era forte, objetos históricos foram coletados com a função de preservação da memória e dos feitos gloriosos desses personagens. Dos museus da Antiguidade, o mais famoso foi o criado em Alexandria por Ptolomeu Sóter em torno do século III a.C., que continha estátuas de filósofos, objetos astronômicos e cirúrgicos e um parque zoobotânico, embora a instituição fosse primariamente uma academia de filosofia, e mais tarde incorporasse uma enorme coleção de obras escritas, formando-se a célebre Biblioteca de Alexandria.
Ao longo da Idade Média a noção de museu quase desapareceu, mas o colecionismo continuou vivo. Por um lado os acervos de preciosidades eram considerados patrimônio de reserva a ser convertido em divisas em caso de necessidade, para financiamento de guerras ou outras atividades estatais; outras coleções se formaram com objetos ligados ao culto cristão, acumulando-se em catedrais e mosteiros quantidades de relíquias de santos, manuscritos iluminados e aparatos litúrgicos em metais e pedras preciosas. No Renascimento, com a recuperação dos ideais clássicos e a consolidação da humanismo, ressurgiu o colecionismo privado através de grandes banqueiros e comerciantes, integrantes da burguesia em ascensão, que financiavam uma grande produção de arte profana e ornamental e se dedicavam à procura de relíquias da Antiguidade.
Acervo
Há mais de dez mil peças no acervo do Museu Barão de Mauá, sendo que nem todas que estão expostas (todas, expostas ou não expostas, são doações de munícipes, de empresas locais ou com parcerias culturais com a cidade de Mauá). Dentro do museu, há 1500 peças e, entre elas, objetos antigos de uso doméstico como cadeiras, ferros de passar, fogões, debulhador de milho, maçarico, jarros, telefones fixos, telefone celular, rádios, máquinas de escrever, calculadoras manuais, relógios, lampiões, lamparinas, furadeiras, brocas de aço, parafusos. Há também objetos de segmentos específicos como esterilizadores, câmeras fotográficas, projetor de filmes 5 milímetros, grilhão, moedores de ferro e formas para fazer tijolos em madeira e ferro, já que a cidade era repleta de olarias. Um dos tijolos expostos acompanha uma legenda, na qual diz-se: “Tijolo da olaria da família Damo. Olaria atuou no bairro Jardim Camila – Mauá, por aproximadamente 20 anos. Doação: Antoninho Damo. Acervo: número 977.” Já na forma para tijolos há a legenda: “Forma para fazer tijolos em madeira e ferro. Utilizada no início do século XX. Doação: Marcelo Obadias de Oliveira Costa. Acervo número 079”.
Entre os objetos, uma parte grande é composta por porcelanas do período áureo da produção em Mauá nas décadas de 40 a 70. Em uma fotografia de homens e mulheres trabalhando em uma fábrica de porcelanas, encontrada no interior do museu, segue-se a legenda: “Diretoria da Porcelana Real e funcionários apresentam o setor da pintura aos visitantes em 12/11/1955. Acervo: Museu Barão de Mauá. Doação: Lívia Maria”. Há também diversas louças expostas no museu. Embaixo de dois pratos, três xícaras, uma jarra e um pires há a legenda: “Em 1948, a família Schmidt adquire o controle da Porcelana Real, permanecendo a mesma direção. Em 1972, transfere seu nome para Porcelana Schmidt S/A. Encerrou sua produção na cidade em 2013, mantendo no local apenas a loja da fábrica.”. A família Schmidt chegou à cidade de Mauá por meio do senhor Fritz Erwin Schmidt, enviado por um tio à Alemanha em 1929, com apenas 16 anos, que retornou ao Brasil em 1933, já ceramista, e fundou a “Porcelana Mauá”.
No Museu Barão de Mauá existem também coleções de moedas e cédulas, selos postais, discos 78 RPM, fotografias, objetos indígenas e outras obras de arte.Nas paredes do museu, algumas fotografias enquadradas, pertencentes tanto à coleções particulares quanto ao acervo do museu, mostram a paisagem da cidade em diferentes épocas. Uma delas, por exemplo, contextualiza a construção do Museu Barão de Mauá. Na legenda da fotografia, há os dizeres: ” ‘Vista aproximada da casa Bandeirista, sede das fazendas Caaguçu e Capuava. O Barão de Mauá adquire as fazendas de Capitão João José Barboza Ortiz e suas irmãs Escolástica Joaquina e Catharina Maria em 05/06/1861 por $22.500 Réis. A casa foi demolida em 1974, para a construção do viaduto Juscelino Kubitschek. Até então desconhecia-se a importância histórica desta casa, construída em taipa de pilão, que possuía as mesmas características arquitetônicas desta casa, que abriga o Museu Barão de Mauá’ – Coleção: Ulisses Novi – (Foto Lico)”.
Há também uma biblioteca, onde existem livros sobre arte e história, inclusive sobre Irineu Evangelista de Souza e sobre a estrada de ferro. Ao todo há cerca de 1500 volumes. Em uma sala, junto à biblioteca, há a um pequeno oratório. Conta com algumas placas descritivas. Na primeira há os dizeres: “Oratório em madeira. Neste compartimento embutido na parede, eram dispostas imagens sacras para devoção e oração”. Na segunda: “Inscrição no oratório. Monograma característico da Companhia de Jesus, que em latim significa ‘Jesus, Maria José'”. Na terceira: “Imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Para louvar à Nossa Senhora da Conceição, construiu-se uma capela no bairro da Matriz a qual deu origem à Igreja Matriz Nossa Senhora da Imaculada Conceição, padroeira de Mauá. A imagem original da santa encontra-se atualmente sob a guarda dos responsáveis pela Igreja Matriz, que no século XIX ficava nesse oratório e pertencia ao então proprietário dessa casa. Imagem da santa entalhada em madeira policromada. Doação: Neusa Aparecida Antico Barbosa – 2014”. Sobre o oratório, há uma imagem de Jesus Cristo com uma pequena placa, na qual está escrito o nome de quem o esculpiu: “Raquel de Moura Viener. Sagrado Coração de Jesus – 2013”.
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Horário de Funcionamento Museu Barão de Mauá em Mauá
- Segunda a Sexta das 08h às 16h / Sábado e Domingo das 09h às 15h
Onde fica, Endereço e Telefone Museu Barão de Mauá em Mauá
- Av. Dr. Getúlio Vargas, 276 – Vila Guarani – Mauá – SP
- Telefone: (11) 4519-4011
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