Ao chegar no Mauá Plaza Shopping nem todos os consumidores sabem que o barulho das britadeiras e as escavações se devem à obra de expansão do empreendimento anunciada ontem pela manhã, mas que começou efetivamente no dia 2. Isso porque a comunicação visual para indicar os motivos da construção ainda não chegou aos corredores do empreendimento. A aposentada Floripes Rodrigues, 50 anos, notou algo diferente, mas não soube dizer o que era. “Quando entrei com o carro achei que fossem trocar o piso ou algo assim”, comenta.
De qualquer forma, ao passar a cancela principal do shopping, logo de cara, os clientes são surpreendidos por indícios de mudanças. O estacionamento sem cobertura está obstruído, já que nesse espaço o Grupo Peralta construíra 52 comércios de segmentos diversificados. Serão três grandes lojas das principais redes varejistas, três megalojas e 46 satélites (estabelecimentos menores), que ocuparão área construída de 18 mil metros quadrados. Enquanto durarem as obras, são 300 vagas a menos no estacionamento. Os motoristas precisam usar o subsolo para guardar os veículos. Para amenizar o problema, funcionários e lojistas estão usufruindo da outra parte da garagem descoberta, localizada na Rua Antônia Rosa Fioravani, que, segundo a administração do shopping, é pouco usada pelo público.
A situação deve voltar ao normal quando a obra for entregue. De acordo com o gerente geral em guia de Mauá Plaza Shopping, Rafael Tadeu Comenale, no subsolo, onde serão instalados os novos comércios, haverá outro espaço para os automóveis. “Com isso, será mantida a quantidade de vagas (2.000)”, explica Comenale.
ATRASO – A construção, que estava prevista para começar no primeiro semestre do ano passado, sofreu atrasados em função de alterações no plano de expansão, como, por exemplo, a exclusão da loja Fast Shop e a negociação de espaço com os empresários. “Houve mudanças no projeto e readaptação para adequar as lojas”, comenta Comenale. Besni, Preçolandia, Pernambucanas, além do restaurante Livorno, são as únicas marcas divulgadas pelo shopping, que deve revelar a lista das demais em um mês.
A entrega da nova área com todos os estabelecimentos prontos está prevista para outubro. No entanto, antes disso, em abril, será inaugurada a academia Body Fit, que será construída no subsolo da Caixa Econômica Federal, que também será expandida.
EMPREGO – O complexo emprega 4.000 funcionários e, com as inaugurações, serão mais 1.100 empregos diretos. Além disso, a estimativa é que durante toda a execução da obra sejam empregados, pelo menos, 600 trabalhadores. No Mauá Plaza Shopping circulam 3 milhões de clientes por mês e a estimativa é que o público cresça entre 15% e 20% após a expansão. O mesmo avanço é esperado no volume de vendas.
PÚBLICO – A inauguração dos comércios está atrelada à estratégia do empreendimento de fidelizar os consumidores da classe B, que em 2009 representavam 58% dos consumidores, de acordo com pesquisa feita pelo Grupo Ibope.
Ainda conforme os números do Ibope, 30% dos consumidores têm entre 25 e 34 anos. Segundo Comenale, além de receber moradores de cidades vizinhas, principalmente Ribeirão Pires e Rio Grande, atrai consumidores de São Paulo, principalmente da Zona Leste. “Já representam 15% dos clientes. São pessoas que estão deixando de ir para o (shopping) Aricanduva e estão vindo para cá.”
TERRENO – Durante o anúncio oficial do início das obras na manhã de ontem, o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias, garantiu que o terreno onde o shopping está não foi doado pela Prefeitura, o que houve foi troca de serviço, ou seja, o empreendimento ficou responsável por fazer obras próximas ao complexo, como recapeamento e canalização.
Fonte: Diário do Grande ABC